quinta-feira, 10 de setembro de 2009

DENTIÇÃO DE CROCODILO


O bebé está com febre? Oh, isso é dentes. O bebé está a esfregar o ouvido? Dentes, é dentes! O bebé está repousado e alimentado e mesmo assim continua a chorar? Dentinhos, vem aí um dentinho. O bebé está rezingão? É a moinha dos dentes. O bebé está vermelho? É um dente a romper! O bebé está… É dentes, já sei!!!!
Os dentes da Maria começaram a “aparecer” tinha ela uns três meses. Todas as semanas nos anunciavam que vinha aí um dente. Dedo experiente a apalpar a gengiva e veredicto taxativo: “Está mesmo mesmo a nascer! Mais um ou dois dias!” Passava uma semana e nada. Mas nós já sabíamos que todos os incómodos entretanto ocorridos eram originários naquele dente que está quase a romper mas que não há meio de se despachar. E assim se passaram os meses, com os malandros sempre escondidos ali à porta, manhosos, mas a gente já vos topou, não pensem que nos enganam, não senhor.
Aos oito meses, o dente que tinha sido “avistado” aos três meses e causado tantos estragos, finalmente mostrou a cara. Um risquinho branco a sobressair numa gengiva avermelhada. Agora, partilha o salão bocal com um vizinho, instalado mesmo ao lado dele. E quando surge uma nova moinha, ou febre, ou má disposição, a que se deve? Ora, então não se vê que a culpa é dos outros 62 dentinhos cujo nascimento já foi anteriormente prognosticado? Teimosos, hein!?! Assim, nunca mais a Maria tem a dentição de crocodilo completa!

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