sexta-feira, 3 de julho de 2009

EQUILÍBRIO DA ESPÉCIE


Apesar de nas últimas décadas andar-se a defender que somos todos iguais, a verdade é que continuam a existir diferenças entre homens e mulheres. A forma como os dois sexos lidam com as crianças não é excepção. Analisemos o assunto recorrendo a generalizações (e a excepção será conotada como a confirmação da regra).
De um lado temos as mães. Elas encaram os seus bebés como uma extensão do próprio ser. Afinal, andaram a carregar o bebé durante uma data de meses, enquanto se concretizava o apelidado “milagre da vida”. Por isso, a mãe tem uma inclinação natural para criar dos filhos. Eles são sempre a prioridade, que nem tem de ser equacionada ou pensada.
Do outro lado temos os pais. Eles também encaram os seus bebés como uma extensão do próprio ser. A diferença é que andaram a carregar a mãe, ainda mais pesada do que o habitual por causa do bebé, durante uma data de meses. Logo aqui, já têm razões para ficarem mais cansados. Também lhes ocorre um “milagre da vida” na barriga, mas é mais duradouro e constante (o estômago cresce ao longo dos anos, fruto de combinações complexas de cenas bebíveis e comestíveis). Por isso, têm inclinação natural (e altruísta!) para deixar a mãe criar os filhos. Para os pais, a prole é sempre secundária, algo que nem tem de ser equacionado ou pensado.
Exemplifiquemos com a prática. Quando acorda, ou chega a casa, ou vai buscar a criança/bebé à escola, o que faz a mãe? O instinto impele-a para ver se a criança está com fome ou está asseada ou está qualquer coisa. O homem chega a casa, ou acorda, e o que faz? O instinto impele-o para ver se o computador está a funcionar bem ou se a televisão não avariou.
Ultimamente, surgem notícias de casais que estão a alterar esta ordem natural das coisas. Sabe-se de pais que não actualizam blogues por colocarem o bebé como prioridade. Não faço ideia do resultado que isto poderá ter no equilíbrio da espécie humana. Mas vai ter. Já estou a ver os papás a terem de parar o que estão a fazer no computador para terem de acorrer ao choro das crianças. É que a mamã pode bem estar ocupada a tentar perceber como funciona o objecto mais misterioso para qualquer mulher: o comando da televisão.
Tsccc, tscccc, tsccccc. Dou por mim a concordar com os velhotes do autocarro: “Aaah! No meu tempo é que era!”

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