quarta-feira, 1 de julho de 2009

PERIGOS ESCONDIDOS

Quatro mães e seis crianças – duas de colo – passeiam num recinto desportivo ao ar livre. Ali não há carros. As pistas existentes são para correr ou caminhar em redor de quadras de ténis, campos de futebol, pavilhões gimno-desportivos. Proliferam os eucaliptos e pinheiros que providenciam sombras. A tarde está quente e agradável. Há bebedouros de água para aplacar a sede. Apetece de facto dar uma corrida para brindar ao bom tempo. As crianças mais crescidas desatam a saltitar entre o caminho asfaltado e a terra cheia de folhas secas.

- Henrique, venha já para o pé da mãe!! – diz uma aflita.
- Gonçalo, não te afastes! Vem para aqui! – grita outra, também aflita.

Um dos miúdos pára, temeroso, e começa a chamar pelos restantes que continuam a afastar-se. Duas mães aprestam-se a apanhar e segurar as outras crianças.

- Estão a ver?! É por isto que eu não venho mais vezes para aqui!!! - conclui uma mãe olhando para as outras, desesperada porque o filho se afastara momentaneamente dois metros dela. E já com a cria debaixo da guarda, avisa-a: - É aqui que quero que vás! Ao meu lado! Sem sair daí!

Apetece de facto correr para celebrar a alegria de uma tarde belíssima. Ali não há carros. Mas há terra, bebedouros, árvores, até mesmo um parque infantil... Deve ser por isso que é perigoso andar por lá. Apresso o passo. Vou mas é regressar às vias cheias de automóveis a alta velocidade e ruídos citadinos. Pfiiuuuu, acho que escapei por pouco!

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